quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Crônicas cachimbescas: Parte 01 - O início



Tudo na vida começa de algum ponto, o ponto de partida de uma estrada, as vezes longa, as vezes curta.


Com o cachimbo também foi assim. Cerca de uns 3 anos atrás, ele apareceu em minha vida, foi o início, e espero que a estrada seja longa, muito longa.

Na faculdade em mais um daqueles sofridos términos de período, também começou uma tradição entre eu e um grupo de bons amigos, a comemoração do fim de mais uma etapa do curso. Então, na segunda vez que essa comemoração ocorreu, um dos meus amigos trouxe um cachimbo, por que ele trouxe, até hoje não perguntei, mas gosto de pensar que tenha a ver com o simbolismo de instrumento da paz e da amizade que o cachimbo tem.

É engraçado, o cachimbo nunca foi algo inacessível, e apesar de achar um hábito saudável e agradável, somente alí conheci pessoalmente um.

Naquela noite todo mundo deu uma baforada, não tenho certeza do fumo que experimentamos, mass tenho quase certeza que foi um Cândido Giovanella Cereja. Uns gostaram mais, outros menos. Pra mim serviu como o estopim de tudo, a identificação foi tão grande que dalí em diante a curiosidade virou interesse, que por fim virou paixão.

Não sosseguei enquanto não comprei o meu primeiro cachimbo, um Bertoldi curvo, em madeira nacional (provavelmente em imbuia), piteira em chifre, barato, mas escolhido a dedo, e mais do que suficiente pra quem estava iniciando na arte.

Infelizmente, por vias do destino, esse primeiro cachimbo acabou sendo estraviado quando mandei ao fabricante para troca da piteira. Uma pena, gostaria de ter comigo, afinal o primeiro é sempre o primeiro. Espero que tenha sido adotado por alguém.

Até hoje sou meio desconfiado de piteiras de chifre, achando que trincam com facilidade. Pode ser besteira, até porque eu lembro que judiei bastante daquele cachimbo (mas até onde usei sempre resistiu bravamente), e pode ser que o aquecimento excessivo foi o responsável pelo trincamento da piteira.

Quanto as confraternizações, o cachimbo virou uma presença obrigatória, e até hoje compareço religiosamente levando um.

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